O movimento da Rua General Jardim era
completamente diferente de qualquer outro dia da semana. Observava-se muito silêncio
e o trânsito de carro era nulo. Porém, lá estavam 6 pessoas, todas com
características singulares. Apenas uma delas conhecia as demais. O caso era que
um assassinato ali ocorreria e, sem dúvida, ao menos 3 dessas pessoas estariam
envolvidas no crime.
A Srta. Tabata (23 anos, tatuadora) estava,
naquele dia, pronta para trocar joias com sua amiga que sempre a encontra no
parque General Jardim. Quando estacionou o carro na rua recusou-se de sair do
mesmo, depois de analisar cuidadosamente a situação: duas pessoas e uma arma. A
mais ou menos 8 metros do carro recentemente estacionado, o Sr. Henry (36 anos,
executivo) tomava seu café da manhã antecedente a uma reunião supostamente
importante. Seu cansaço físico era aparente assim como o medo estampado em seu
corpo. Conseguiu ver o Sr. Marino (61 anos, aposentado) saindo de cadeira de
rodas do caixa eletrônico e indo em direção ao telefone público da Rua,
cochichando consigo mesmo. Sentados no banco da praça, a não mais de 10 metros
de todos, ali estavam a Sra. Margareth (66 anos, aposentada) e o Sr. Romero (67
anos, aposentado), ambos lendo jornal. O casal apreciava a vista e de vez em
quando resmungava do tempo que estava nublado. Por fim, o Sr. Santiago (44 anos,
jornalista), sóbrio, calmo e extremamente inteligente, carregava consigo uma
maleta e uma prancheta com papel e caneta. Parecia conseguir observar a todos:
Tabata, Henry, Marino, Romero e Margareth.
Quando o relógio velho da torre da
igreja marcou 09:00 horas da manhã, em ponto, o silêncio que pairava em cada
canto da extensa rua fora quebrado. Dois tiros ecoaram por todos os lados, um
em seguida do outro. A cena então congelou a todos. Banhados por sangue, a Sra.
Margareth e Sr. Romero estavam mortos. Ela com um tiro na testa e ele atingido
no peito.
Às 11:00 horas do mesmo dia o cenário estava
extremamente mudado: a rua agora movimentada tinha principalmente duas áreas
interditadas. A primeira englobando 10 m² isolava o banco da praça, com as
vítimas do crime e, a segunda, 4 m² isolando sangue encontrado no orelhão. Ao
redor, outros sete objetos foram interditados para análise, tendo ou não
relação com o crime: duas armas, um diário, 3 lenços e um espelho. Encarregado
pelo crime, o Sr. Tharso começará a investigação...
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